Ciúme. Quando é considerado patológico?
O ciúme é um das queixas mais comuns no consultório quando o assunto é terapia de casal, ou mesmo quando um dos parceiros procuram ajuda para entender o porquê de tanto ciúme e como melhorar.
O ciúme patológico é a potencialização do ciúme. Ou seja, é um transtorno obsessivo onde um indivíduo coloca intenso controle sobre o outro. Neste caso, há uma grande necessidade em controlar e comandar o parceiro e significativa dificuldade na diferenciação do real, do imaginário e do fantasioso.
Essa mistura de sentimentos e confusão na definição do que se está sentindo e vivenciando interfere no relacionamento, gerando mais desconfiança e desconforto entre ambos.
É verdade que, algumas vezes, o ciúme pode representar zelo e cuidado, porém, é um erro defender isso como algo natural, uma vez que, fora de controle, as consequências são muito ruins dentro do relacionamento. A seguir entenda os sinais de excessividade.
Sinais de que o ciúme está excessivo:
- Desconfiança: Dúvida constante sobre tudo e busca de pistas que incriminem o par.
- Ressentimento: Sentimento de rancor e memorização de todos os momentos, como um dossiê emocional de situações, às vezes, imaginárias.
- Situações interpretadas a seu modo: Qualquer frase ou acontecimento é tratado com desconfiança e passa a representar de alguma forma uma mentira ou traição.
- Raiva: Qualquer atitude suspeita pode despertar fúria e brigas.
- Falta de privacidade do par: Costume de vasculhar os pertences do parceiro em busca de alguma prova que confirme a infidelidade.
Outros sintomas comuns do transtorno delirante são:
Ciúme e impulsividade
- Suspeita de traição sem provas;
- Incapacidade de controlar ciúmes;
- Justificativas sobre as suspeitas com explicações infindáveis;
- Rejeição dos fatos concretos que possam inocentar o outro das suspeitas;
- Entre outros.
Para o tratamento desse transtorno é indicada a psicoterapia, onde no processo terapêutico, auxiliará o indivíduo na formulação de hipóteses sobre o porquê desse sofrimento, como ele se desenvolveu e quais as necessidades a serem tratadas.
A pessoa será auxiliada a se conscientizar de seu conflito, a conhecer os sintomas e desenvolver estratégias para buscar diminuí-lo e/ou cessá-lo ao longo do processo.
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