Internet Segura: psicóloga dá 5 dicas para proteção de crianças e adolescentes

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Entender os riscos do mundo digital é o primeiro passo para evitar os problemas psicológicos e emocionais

Falar sobre internet segura no mês de fevereiro já se tornou uma prática positiva, envolvendo vários setores da sociedade. Dentro da Psicologia vemos como é essencial estar atento aos possíveis danos que o uso desregulado da internet pode causar, sobretudo em crianças e adolescentes. 

De acordo com João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/2023), “o uso excessivo ou inadequado de dispositivos digitais por crianças e adolescentes está ligado ao aumento dos índices de ansiedade e depressão, distúrbios de atenção, atraso no desenvolvimento cognitivo e da linguagem, miopia, sobrepeso, problemas de sono, riscos de abuso e vitimização sexual, ameaças à privacidade e de uso de dados pessoais, além de risco de vícios em jogos eletrônicos e uso de aplicativos”.

Sem dúvida, a internet tornou-se uma parte indispensável da vida cotidiana, especialmente para crianças e adolescentes que a utilizam para aprender, socializar e se divertir. No entanto, a exposição a conteúdos inadequados e ameaças online é uma realidade preocupante. Confira neste artigo como oferecer uma internet segura para crianças e adolescentes com dicas da Psicóloga Katherine Vicentim, fundadora da KPsicologia. 

Importância da Internet Segura

A crescente presença online das crianças e adolescentes requer uma atenção especial para garantir um ambiente virtual seguro. A exposição precoce a conteúdos inapropriados pode ter impactos significativos no desenvolvimento psicológico. Portanto, é crucial adotar medidas que promovam uma experiência online positiva.

Psicologia e Internet Segura

Profissionais de psicologia desempenham um papel fundamental na compreensão dos efeitos psicológicos da exposição online. A ansiedade, a depressão e outros problemas podem surgir devido a experiências negativas na internet. Ter intervenções psicológicas, sempre que preciso, e criar estratégias de segurança online são essenciais para evitar que as crianças sejam expostas aos riscos.

5 estratégias para proteção online de crianças e adolescentes

  • Comunicação Aberta

Estabeleça uma comunicação aberta, isso pode ser a base para uma internet segura, pois, com esse diálogo regular, sem julgamentos entre filhos e responsáveis as conversas serão naturais, sem receios ou medo de esconder algum possível problema.

  • 1) Educação Digital: A educação digital é uma ferramenta vital para a proteção online. Muitos profissionais de educação e psicologia enfatizam a importância de ensinar crianças e adolescentes sobre os riscos online, capacitando-as para ter condições de selecionar o que são conteúdos próprios ou impróprios para eles mesmos, procurando ajuda de adultos de confiança sempre que precisarem. É importante, porém, levar essas crianças e adolescentes ao desenvolvimento de habilidades críticas para navegar na internet de maneira segura.
  • 2) Controle Parental: O uso de ferramentas de controle parental é uma prática fundamental para a proteção das crianças e para oferecer uma internet segura. Essas ferramentas permitem que os pais monitorem e restrinjam o acesso a determinados sites, garantindo um ambiente online mais seguro e adaptado à idade da criança.
  • 3) Estabeleça limites: um outro ponto essencial é estabelecer limites claros quanto ao tempo gasto online. Estes limites contribuem para um equilíbrio saudável entre o mundo virtual e o offline, promovendo o desenvolvimento adequado das crianças e adolescentes.
  • Entenda os riscos: ter consciência sobre os riscos potenciais da internet e ensinar isso para crianças e adolescentes, de uma forma que entendam (conforme faixa etária) é crucial. É preciso educar as crianças sobre o perigo de compartilhar informações pessoais, interagir com estranhos online e saber dos impactos emocionais de certos conteúdos. Essa educação precisa fazer parte da rotina da família, de maneira natural.

Com essas orientações, e sempre atentos ao que especialistas em segurança digital estão dizendo, os responsáveis conseguirão minimizar os efeitos nocivos do uso da internet em crianças e adolescentes. 

Concluímos que essa não é uma tarefa simples, que cabe apenas a algumas famílias. É, ao contrário, um esforço múltiplo que envolve a sociedade como um todo e que precisa de cada vez mais atenção para que tenhamos uma internet segura e ética. 

Muitas vezes, o isolamento de crianças e adolescentes, cada vez mais afastados da família e próximos das telas é o gatilho para o acesso para conteúdos ou pessoas maldosas, que podem ferir emocionalmente e, em alguns casos, fisicamente essas crianças. 

A Internet Segura não é apenas uma necessidade, mas uma responsabilidade compartilhada para garantir o bem-estar emocional e psicológico de crianças e adolescentes em um mundo digital em constante evolução.

Caso você esteja passando por problemas com crianças e adolescentes que ficam tempo demais conectados, procure ajuda psicológica e mantenha a comunicação aberta. Fale com a equipe KPsicologia clicando aqui.