Disgrafia: saiba como tratar com 6 dicas
Entenda como a disgrafia, um transtorno de aprendizagem, pode interferir na autoestima
e na forma de aprendizado de crianças e adultos
Muito confundida com a dislexia, é no ambiente escolar que os profissionais da educação identificam de maneira bem primária os sintomas da disgrafia – um transtorno de aprendizagem que afeta a capacidade de uma pessoa escrever de forma legível e coerente (de difícil compreensão) e que não é a mesma coisa que dislexia. Enquanto a maioria das pessoas pode ter dificuldades temporárias na escrita, a disgrafia é caracterizada por dificuldades persistentes e significativas que vão além dos erros normais de ortografia e caligrafia associados ao desenvolvimento infantil. Esse transtorno de aprendizagem pode ser identificado tanto em crianças quanto em adultos, embora seja mais comum diagnosticá-la na infância.
No Brasil, de acordo com dados do Censo Escolar divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), os transtornos de aprendizagem atingem cerca de 5% das crianças matriculadas em escolas – porcentagem que equivale a mais de 1,2 milhão de estudantes. No caso da disgrafia, os sintomas costumam se manifestar por volta dos 5 anos.
Confira os sintomas da disgrafia
Os sintomas da disgrafia podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
- 1. Dificuldade na Caligrafia
As pessoas com disgrafia frequentemente têm dificuldade em formar letras de forma clara e consistente. Sua caligrafia pode ser desigual, ilegível e difícil de ler. - 2. Problemas de ortografia
Erros ortográficos frequentes são comuns em pessoas com disgrafia. Eles podem trocar letras, omitir ou adicionar letras em palavras, ou ter dificuldade em lembrar a ortografia correta de palavras comuns. - 3. Desorganização visual
Dificuldade em organizar as palavras e os espaços na página é outra característica da disgrafia. As palavras podem ser escritas muito próximas umas das outras, ou o espaçamento entre as palavras pode ser inconsistente. - 4. Dificuldade na composição escrita
Pessoas com disgrafia podem ter dificuldade em expressar seus pensamentos de forma escrita. Eles podem ter problemas com a organização de ideias, estrutura de frases e coesão do texto. - 5. Dificuldade na copiar texto
Copiar texto de um modelo ou da lousa pode ser especialmente desafiador para pessoas com disgrafia. Elas podem ter dificuldade em acompanhar o texto original e reproduzi-lo de forma precisa.
Afinal, como tratar a disgrafia?
O tratamento da disgrafia geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que inclui intervenções educacionais, terapias específicas e apoio emocional, que envolve psicólogos especialistas em distúrbios de aprendizagem. Entenda:
1. Avaliação diagnóstica
O primeiro passo no tratamento da disgrafia é uma avaliação diagnóstica completa realizada por um profissional de saúde qualificado, como um psicólogo ou um terapeuta ocupacional. Essa avaliação pode incluir testes de habilidades de escrita, avaliação da caligrafia, ortografia e habilidades de composição escrita.
2. Intervenção educacional específica
As pessoas com disgrafia podem se beneficiar de programas de intervenção educacional específicos projetados para desenvolver habilidades de escrita. Esses programas podem incluir estratégias para melhorar a caligrafia, ortografia, organização visual e composição escrita.
3. Terapia ocupacional
A terapia ocupacional pode ser útil para pessoas com disgrafia, especialmente aquelas com dificuldades motoras finas. Durante os atendimentos, nossos terapeutas podem fornecer exercícios e atividades para melhorar o controle motor, a coordenação e a precisão na escrita.
4. Tecnologia Assistiva
O uso de tecnologia assistiva, como computadores, tablets e softwares de reconhecimento de voz, pode ajudar pessoas com disgrafia a compensar suas dificuldades de escrita. Essas ferramentas podem facilitar a composição escrita, corrigir erros ortográficos e melhorar a legibilidade do texto.
5. Apoio Emocional
É importante fornecer apoio emocional às pessoas com disgrafia, pois elas podem enfrentar desafios significativos em relação à autoestima, autoconfiança e motivação acadêmica. Incentivar o desenvolvimento de habilidades de resiliência, autoaceitação e empoderamento pode ajudar a promover o bem-estar emocional dessas pessoas.
6. Colaboração com educadores
Trabalhar em colaboração com educadores e profissionais de saúde pode ajudar a garantir que as necessidades individuais das pessoas com disgrafia sejam atendidas no ambiente escolar. Isso pode incluir adaptações no currículo, fornecimento de suporte adicional e implementação de estratégias de ensino diferenciadas.
Podemos afirmar, de modo geral, que a disgrafia é um transtorno de aprendizagem que afeta a escrita e pode ter um impacto significativo no desempenho acadêmico e emocional de uma pessoa. Vale destacar, ainda, que as intervenções adequadas e apoio adequado, às pessoas com disgrafia podem ser essenciais para que as mesmas aprendam a gerenciar suas dificuldades e possam alcançar sucesso na escola e na vida. Se você precisa de suporte psicológico para lidar com os desafios que a disgrafia implica, fale com a nossa equipe e tenha o atendimento multidisciplinar que precisa. Clique aqui.