Autismo na adolescência: como a Psicologia pode ajudar? 

Embora seja uma condição presente ao longo da vida, durante a adolescência alguns sinais do autismo são mais comuns. Identificá-los é o primeiro passo para dar o apoio necessário

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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento desde os primeiros anos de vida e continua a influenciar indivíduos durante a adolescência e ao longo da vida adulta. Os sinais de TEA podem variar significativamente de pessoa para pessoa, o que torna essencial reconhecer os sintomas específicos que podem surgir ou persistir durante a adolescência.

Essa identificação é importante para que a ajuda adequada seja encontrada, oferecendo mais saúde mental ao adolescente com TEA. 

De acordo com o Censo Escolar 2023, divulgado em fevereiro de 2024, o Brasil conta com mais de 636 mil alunos com autismo no Brasil, o que inclui crianças e adolescentes, e representa um aumento de 48% de matrículas em apenas um ano – de 429 mil, em 2022, para 636 mil, em 2023. 

Com mais alunos com TEA na escola, se faz necessário uma maior clareza para responsáveis, educadores e demais alunos adolescentes sobre os sinais, os cuidados e, acima de tudo, o respeito.

Sinais do Transtorno do Espectro Autista na adolescência

Embora seja uma condição presente ao longo de toda a vida, durante a adolescência alguns sinais do TEA são mais comuns:

1. Dificuldades na comunicação social: adolescentes com TEA podem ter dificuldades em entender e interpretar sinais sociais sutis, como expressões faciais e linguagem corporal. Eles podem ter dificuldade em iniciar ou manter conversas e podem parecer menos interessados em compartilhar interesses ou experiências com os outros.

2. Comportamentos repetitivos e restritos: padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos são características comuns do TEA que, frequentemente, persistem na adolescência. Isso pode incluir movimentos repetitivos, fixações intensas em tópicos específicos e resistência a mudanças na rotina.

3. Sensibilidade Sensorial: muitos adolescentes com TEA são sensíveis a estímulos sensoriais como luzes brilhantes, sons altos ou texturas específicas. Essas sensibilidades podem causar desconforto significativo e interferir nas atividades diárias.

4. Dificuldades de aprendizagem e execução de tarefas: alguns adolescentes com TEA podem enfrentar desafios acadêmicos, especialmente em áreas que exigem habilidades sociais, como trabalho em grupo ou compreensão de contextos sociais implícitos.

5. Isolamento social: devido às dificuldades na interação social, é comum que adolescentes com TEA enfrentem isolamento social. Eles podem preferir atividades solitárias ou ter dificuldade em fazer e manter amizades.

Formas de tratamento de TEA em adolescentes

O tratamento do Transtorno do Espectro Autista na adolescência é multifacetado e geralmente envolve uma combinação de intervenções que têm o objetivo de melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida do adolescente. Algumas abordagens comuns incluem:

1. Intervenção Comportamental: terapias comportamentais, como ABA (Análise do Comportamento Aplicada), são frequentemente usadas para ensinar habilidades sociais, comunicativas e adaptativas. Essas terapias são estruturadas para atender às necessidades específicas de cada adolescente e podem ser realizadas em diferentes ambientes, como em casa, na escola ou em clínicas especializadas.

2. Intervenção educacional: programas educacionais individualizados são essenciais para adolescentes com TEA. Esses programas podem incluir suporte individualizado, modificações no currículo acadêmico e estratégias para promover a inclusão social e acadêmica.

3. Suporte psicológico e psiquiátrico: adolescentes com TEA podem se beneficiar de apoio psicológico para lidar com questões emocionais e de saúde mental. Às vezes, medicamentos são prescritos para tratar condições coexistentes, como ansiedade ou depressão.

4. Treinamento de habilidades sociais: programas estruturados para ensinar habilidades sociais específicas, como iniciar e manter conversas, entender emoções e comportamentos sociais esperados, podem ajudar adolescentes com TEA a se integrarem melhor em ambientes sociais.

5. Apoio à Família: a família desempenha um papel crucial no apoio ao adolescente com TEA. Programas de treinamento para pais e suporte contínuo podem ajudar as famílias a entender melhor as necessidades do adolescente e a implementar estratégias de apoio eficazes em casa.

Autismo na adolescência: mais acolhimento 

É importante reconhecer que cada adolescente com TEA é único, e o tratamento deve ser adaptado às suas necessidades individuais. Com intervenções adequadas e apoio contínuo, muitos adolescentes com TEA podem desenvolver habilidades que lhes permitirão levar vidas independentes e satisfatórias. A conscientização pública e o acesso a serviços especializados são fundamentais para garantir que todos os adolescentes com TEA tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial.

Em resumo, o diagnóstico precoce, intervenções personalizadas e um sistema de apoio abrangente são essenciais para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. Se você chegou até aqui para buscar mais informações, converse com a nossa equipe e tenha a ajuda que precisa. Clique aqui.