Transtorno Borderline: 9 características
Você sabe o que é o Transtorno de Personalidade Borderline?
Confira 9 características que podem ajudar na compreensão
O transtorno borderline não é muito compreendido. Você conhece alguém que varia de uma emoção para outra de forma muito rápida e intensa, sendo até desproporcional ao fato vivido? Isso pode ser uma indicação de Borderline ou Transtorno de Personalidade Limítrofe, que se caracteriza por humor, comportamentos e relacionamentos instáveis.
Normalmente, todos passamos por problemas e vivências que despertam muitos tipos de emoções. Mas quando essas emoções fogem do controle e comprometem a vida física, emocional e social de uma pessoa, é preciso investigar.
Pacientes com transtorno de personalidade borderline não toleram estar sozinhos; fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como tentativas suicidas, de tal forma que levam os outros a resgatá-los e cuidar deles.
Infelizmente, a causa do transtorno de personalidade limítrofe não é bem compreendida. O diagnóstico é feito com base nos sintomas que incluem instabilidade emocional, sensação de inutilidade, insegurança, impulsividade e relações sociais prejudicadas.
9 características do Transtorno Borderline
Para contribuir com uma identificação inicial desse transtorno, separei algumas características mais comuns desse transtorno. Porém, vale ressaltar que todo e qualquer diagnóstico, bem como tratamento e alta cabe apenas aos profissionais habilitados, como psiquiatras e psicólogos.
- Medo do abandono:
Pode acontecer um isolamento “voluntário” por medo de se relacionar e ser “abandonado” por quem ama. A ideia do medo é fixa e pode sufocar os relacionamentos.
2. Raiva intermitente
Muitas vezes, a raiva tem uma intensidade desproporcional à situação real, e pode ser motivada por motivos tidos como banais na sociedade, inclusive o medo da rejeição.
3. Mudanças de humor
Essas mudanças de humor interferem muito na vida pessoal e profissional. Além da raiva, outros sentimentos envolvidos são ansiedade, medo, irritação e insegurança.
4. Sensação de Vazio Interior
Essa sensação é intensa e a própria companhia não é suficiente para a pessoa, fazendo-a sempre buscar por alguém. São casos explícitos de dependência afetiva muito grande, que gera mais sofrimento ao indivíduo.
5. Hábitos ruins
Com a clara motivação de superar e de fugir dos sofrimentos, a pessoa com este transtorno, comumente, tem hábitos perigosos como vício em sexo drogas ou álcool, entre outros.
6. Comportamento Impulsivo
Abandono de empregos e relacionamentos estáveis sem aparente motivo é uma das características. Agindo por impulso, ou seja, sem ponderar os momentos e as necessidades próprias e do outro, essa pessoa toma decisões que podem ter consequências ruins para si mesma.
7. Auto depreciação
O amor-próprio não é cultivado por essa pessoa. Seja pela dependência emocional, pelos hábitos ruins ou pelo desgaste dos relacionamentos, essa pessoa passa a se enxergar como um problema e como alguém sem valor.
8. Lente do passado
O passado, na maioria das vezes, traumático, é o que rege a vida e a visão de quem tem o transtorno borderline. O medo de viver dores no presente e no futuro faz com que a pessoa fique presa aos medos do passado e evitando algo novo que poderia ser bom.
9. Intenções suicidas
Neste ponto é preciso considerar que, para chamar a atenção, o indivíduo pode inventar o desejo de morrer. Porém, por ser uma linha tênue entre fingir e a real ideação, recomenda-se um acompanhamento específico para que essas intenções suicidas (reais ou não) possam ser interrompidas.
Tratamentos e cuidados
Este transtorno é reconhecido como um dos mais lesivos. Como acabamos de ver, pode levar, a episódios de automutilação, abuso de substâncias e agressões físicas e em alguns casos mais graves, ao suicídio.
Além da montanha-russa emocional e da dificuldade em controlar os impulsos, o borderline tende a enxergar a si mesmo e aos outros na base do “tudo ou nada”, o que torna as relações familiares, amorosas, de amizade e até mesmo a com o médico ou terapeuta extremamente desgastantes.
Para realizar o tratamento é essencial incluir psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos, com um psiquiatra.
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