Pensamentos Suicidas: isso é normal?
Pensamentos suicidas podem surgir quando uma pessoa se encontra em um
profundo estado de tristeza.
No Brasil, acontece uma morte por suicídio a cada 45 minutos, mas para cada morte temos outras 20 tentativas. Os dados são do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados, destinado ao estudo sobre aumento de suicídio, com divulgação dos dados em 2021. Esse mesmo estudo apontou, ainda, que 4% dos adolescentes brasileiros apresentam sinais depressivos e 1 a cada 4 crianças já apresentou indícios da doença.
Por mais que tenhamos evoluído sobre falar das questões de saúde mental na sociedade, muitos tabus ainda atrapalham o tratamento de pessoas que têm depressão ou algum outro tipo de transtorno, por puro preconceito ou falta de informação.
Sabemos que enfrentar obstáculos no percurso da vida é muito comum, no entanto, quando os problemas surgem de uma só vez, é possível que algumas pessoas tenham maior desânimo, tristeza e cansaço físico e mental. Tudo isso pode ser controlado e até resolvido com o tratamento adequado, contribuindo para que as pessoas vivam melhor, com maior resistência aos momentos ruins que são vivenciados.
Pensamentos suicidas não são apenas desejar a morte
Pensar em suicídio não se refere apenas aos planos de morte física. Precisamos destacar que esse pensamento pode estar relacionado, também, ao alívio das dores reais que a pessoa sente, por passar por situações difíceis, como se pudesse recorrer a um botão de desligar a vida e encerrar, de vez, todo o sofrimento existente até ali.
Nem sempre o ato é concretizado, muitas vezes o sofrimento se prolonga mas a pessoa, talvez por acreditar em alguma possibilidade de melhora, não chega ao suicídio. Porém, todo sinal deve ser valorizado.
Costuma haver um aviso: algo que a pessoa tenha dito ou feito que demonstre o pensamento suicida. Vale salientar que nem sempre há o desejo de morte, o desejo pode ser a eliminação do sofrimento e não da vida em si.
Mesmo assim, só pelo fato do pensamento ter existido já é um forte indicativo de que é necessário procurar ajuda, pois, tal pensamento é um o sinal de que a pessoa precisa de tratamento adequado, com um profissional, como psiquiatra e psicólogo, para tratar as causas do desejo suicida e ter autoconhecimento para saber lidar com esses sintomas.
Como saber a origem dos pensamentos suicidas?
Esses pensamentos podem ser fruto de diversas circunstâncias diferentes, por isso, o tratamento é complexo e variado. Felizmente, independentemente da situação, é possível combatê-los e tratá-los.
A constante negatividade, baixa autoestima, preocupação, ansiedade, crises de pânico, entre outros sentimentos que ferem as pessoas, abrem caminho para doenças e transtornos psiquiátricos. Transtornos psicológicos são doenças passíveis de tratamento como qualquer outra. Negá-los causa ainda mais sofrimento para quem vivencia essa situação, e para familiares e amigos que estão ao lado dessa pessoa.
Aliado à terapia, com psicólogos preparados para o atendimento, é essencial buscar o tratamento com um psiquiatra. A partir de uma análise sobre as condições do paciente, esse médico fará a indicação de medicamentos que ajudarão nos sintomas da depressão, síndrome do pânico e outros transtornos que levam aos pensamentos suicidas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Esse dados mostram a urgência no acolhimento e no tratamento de pessoas com pensamentos suicidas.
Embora seja comum esse desejo suicida em pessoas que tenham algum transtorno mental, não devemos banalizar a dor e os sentimentos reais que essas pessoas vivenciam.
A terapia é um lugar seguro para pedir e encontrar ajuda, tanto para os pacientes como para seus familiares. Se você está precisando de ajuda, fale com a equipe Kpsicologia.