Suicídio: como ajudar? Veja 5 dicas.
Suicídio entre pessoas queridas? Neste Setembro Amarelo, entenda mais o que é o suicídio e como contribuir para evitá-lo.
No mundo temos a triste marca de 800 mil suicídios por ano, ou seja, aproximadamente, uma morte a cada 40 segundos (fonte: OMS – Organização Mundial da Saúde). A Campanha Setembro Amarelo oferece mais informações para que possamos ajudar pessoas e evitar mais mortes mas, inegavelmente, todos os dias e anos são dias de agir para a valorização da vida. Assim sendo, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza a nível nacional esta essencial campanha, que tem o objetivo de contribuir para a prevenção e redução dos números de suicídio no Brasil, números que são preocupantes.
O que é suicídio?
Suicídio, sobretudo, é o ato de tirar a própria vida. Essa ação pode ocorrer como o desfecho de uma série de fatores complexos que se acumularam na história daquela pessoa. É muito provável que uma pessoa com ideação suicida tenha depressão, transtorno bipolar, abuso de substâncias tóxicas e traumas emocionais.
Sabemos que o comportamento suicida é dividido em 3 fases: pensamento suicida, tentativa de suicídio e consumação do suicídio
Quais são os fatores que podem levar ao suicídio?
De acordo com a cartilha “Suicídio: informando para prevenir”, (Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP e Conselho Federal de Medicina – CFM), existem dois fatores principais de risco para o suicídio, a saber:
- Tentativa prévia: quem já tentou suicídio tem de cinco a seis vezes mais risco de tentar outra vez. Há, portanto, uma estimativa de que metade das pessoas que se suicidaram já tinham tentado anteriormente.
- Doença mental: quase todas as pessoas que cometeram suicídio tinham algum transtorno mental e, na maioria dos casos, o transtornos não era diagnosticado e, assim, não tratado de maneira adequada.
Dentro desses transtornos psiquiátricos, os mais comuns são: depressão, transtorno bipolar, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas, transtornos de personalidade e esquizofrenia.
É importante destacar que as motivações podem ocorrer por meio de um ou muitos fatores, e estar atento a eles é essencial para impedir o ato suicida.
- Crises familiares.
- Abuso sexual.
- Bullying.
- Experiência de morte na família.
- Solidão.
- Depressão.
- Falta de motivação.
- Diminuição de interesse e prazer.
- Diminuição na capacidade de pensamento.
- Traição.
- Mudança repentina de modo de vida, entre outros.
Como prevenir e tratar a ideação suicida?
As demonstrações de tristeza, solidão, desilusão, ou algo que cause um grande impacto emocional à pessoa, podem ser potenciais causadores de depressão. Essa depressão, quando não tratada de maneira adequada, pode levar a pensamentos suicidas e, consequentemente, o suicídio.
Por isso, dentro da prevenção está a percepção de como está a saúde mental da pessoa e a busca por apoio especializado para a resolução dos conflitos emocionais ou psíquicos. Aliás, você pode ler mais sobre isso, aqui no Blog, clicando aqui.
Para tratar a ideação suicida é essencial cuidar da saúde mental com psiquiatra e psicólogo. A psicoterapia oferece acolhimento, com uma equipe capacitada, para tratamento dos sintomas e a devida recuperação da saúde emocional.
Os bons relacionamentos podem ajudar a evitar o suicídio?
Embora os relacionamentos interpessoais sejam essenciais como apoio para evitar o suicídio, não se pode defender essa ideia.
É importante relembrar que o ato suicida envolve muitos fatores e que, inegavelmente, o suicida busca solucionar uma dor interna, que aparentemente só aliviará com a própria morte.
Assim sendo, todas as iniciativas de apoio são válidas, com o intuito de ajudar a pessoa com ideação suicida, acolhendo, portanto, com amor, carinho, paciência e vigilância.
Quais atitudes tomar com quem já tentou suicídio?
Em conclusão, chegamos ao ponto essencial do nosso texto, como dito anteriormente: como ajudar pessoas e evitar o suicídio?
Confira nossas sugestões.
1. Converse sem julgar: mantenha uma abordagem acolhedora e sem nenhum preconceito. O desejo de se matar é um sintoma de um sofrimento psíquico que, quando aliviado, impede o suicídio.
2. Fique atento aos sinais: inicialmente, não existe a ideia de tirar a própria vida, mas, sim, um pensamento vago de que seria melhor morrer. Depois esse momento, vem a ideação de se matar para aliviar o sofrimento) e, em seguida, as pesquisas sobre como fazer isso. É comum que a pessoa informe a parentes e amigos, antes de executar o ato.
3.Incentive o tratamento: apenas com a intervenção médica e psicológica podemos dizer que há uma forma de evitar o suicídio, tanto para que a pessoa tenha uma escuta terapêutica, como para ser medicada, caso seja necessário. ou porque ela precisa ser medicada.
4. Esteja perto durante o tratamento: o desânimo, comum na depressão e em pessoas com ideação suicida é um fator que pode levar à desistência do tratamento. Por isso, ser uma base de apoio é essencial para que o tratamento se mantenha eficiente e alcance o resultado esperado.
5. Não foque em tabus: muitas pessoas erram na forma de abordagem e “ajuda” por se basearem em tabus e mentiras. Por razões religiosas, morais e culturais, o suicídio por muito tempo foi visto como um pecado e um motivo de vergonha para a família daqueles que tiraram a própria vida. Romper com isso e abrir para conversar é essencial para evitar mais suicídios.