Outubro Rosa e Psicologia
Além do essencial destaque para o cuidado da saúde física, nossa especialista mostra a necessidade do cuidado com a saúde emocional neste Outubro Rosa.
Outubro Rosa é uma campanha já conhecida no mês de outubro para conscientização do câncer de mama. O diagnóstico precoce do câncer de mama, que é possível com prevenção e exames, como a mamografia, possibilita uma cura em 95% dos casos, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva).
Na área da Psicologia, além do apoio e acolhimento para pacientes e familiares que possuem um diagnóstico fechado, os profissionais se dedicam ao trabalho de conscientização, para além do Outubro Rosa, além de tratamento de fobias e medos, que poderão impedir a paciente de realizar os exames de rotina e prevenção.
Diagnóstico e Possíveis Efeitos Psicológicos
Acompanhado da notícia do câncer de mama ou colo do útero, surgem alguns fantasmas que assombram a perspectiva futura da paciente. Algo desconhecido, de fato, pode trazer medo e insegurança:
- Pensamentos de morte;
- Queda de cabelo;
- Alteração estética;
- Perda da mama;
- Cirurgias.
Nesse primeiro momento o luto é natural. Porém, é necessário buscar auxílio para que este luto não seja um momento permanente e, sim, transitório.
Depressão, dor, angústia e a perda da autoestima também são possíveis transtornos que podem ocorrer mediante o impacto causado pelo diagnóstico e, por essa razão, torna-se extremamente necessário envolver familiares e amigos no processo, possibilitando acolhimento e apoio à pessoa doente.
Em muitos casos a pessoa doente mantém segredo em relação à sua saúde por medo de preconceitos e rejeições, porém, ao adiar a busca do tratamento, essa pessoa prejudica ainda mais sua saúde física e emocional, além de dificultar o prognóstico.
Dentro e Fora do Outubro Rosa: como dar apoio psicológico?
O apoio a pacientes com câncer de mama ou colo do útero necessita de uma cautelosa condução no tratamento, pois, de acordo com algumas particularidades (idade; histórico de vida; maturidade emocional; entre outras) o resultado pode ser mais lento em comparação a outros casos similares.
Em resumo, o paciente é único! Portanto, cada caso deve ser abordado de maneira exclusiva, tanto pelo psicólogo como por toda a equipe médica para que se estabeleça vínculo de confiança no tratamento e nos profissionais.
É importante, também, o apoio da família e de amigos, além da inclusão de todos no processo de intervenção, pois a aceitação da doença e a reabilitação serão enfrentados com menores dificuldades e possibilitará uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.
Psicólogo, para além do Outubro Rosa
No processo de adoecimento, pode-se desenvolver uma depressão e isolamento por causa dos sintomas físicos que a doença pode causar.
No início, o paciente pode negar a necessidade do tratamento psicoterapêutico alegando ser um sinal de fraqueza. Porém, é importante conscientizá-lo que a qualquer momento que se julgar sobrecarregado, o atendimento psicológico poderá contribuir na batalha emocional contra a doença.
Neste primeiro momento apenas o paciente é abordado, para compreender as angústias e incertezas frente à doença e, posteriormente, poderá ser estendido à família para auxílio no apoio e aceitação durante esse momento crítico da sua vida.
Autoestima
Em muitos casos a mastectomia (procedimento de retirada da mama) é inevitável e tal processo pode provocar um impacto emocional muito grande no paciente. Nesse período, a presença da psicoterapia se torna um instrumento muito importante essencial para o acolhimento e o amparo emocional.
Além disso, a retirada da mama pode causar a baixa autoestima, devido a transformação estética causada após a cirurgia. Medos e inseguranças também acompanham a pessoa junto ao processo de aceitação e adaptação à sua imagem corporal.
Conscientização no Outubro Rosa
Enfim, durante o Outubro Rosa, o ato de educar e conscientizar a todos sobre os cuidados, prevenção, tratamento e recuperação das pessoas vitimadas, fará com que mais pessoas estejam preparadas para agir da maneira correta quando o diagnóstico da doença surgir dentro do círculo de convivência.
É importante saber que “o diagnóstico precoce está intimamente ligado ao aumento das chances de cura”. Por isso, manter a saúde mental equilibrada é muito importante também para responder bem aos cuidados médicos necessários.
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