Disortografia: crianças e adultos com constantes erros na escrita
Embora poucas pessoas conheçam o nome desse distúrbio de aprendizagem, esse é um problema que afeta autoestima, estudos, vida profissional e até social
Pouco conhecida, a disortografia é um transtorno de aprendizagem que se manifesta em dificuldades na escrita, especialmente na gramática, afetando a habilidade de escrever de forma correta e coerente. Por não ser muito compreendido, muitas vezes esse distúrbio é subestimado e, assim, pode ter um impacto significativo na vida acadêmica e profissional das pessoas. Neste artigo vamos falar sobre como identificar a disortografia, entender a forma de tratamento e ter acesso a dicas para amenizar seus efeitos.
Embora possamos ver os sinais de disortografia em adultos, a principal observação se dá em crianças, na escola. Os erros mais comuns que as crianças com disortografia cometem são: omitir letras nas palavras, substituir sílabas fortes e suaves, trocar os sons em palavras e aplicação incorreta de regras gramaticais.
É possível que essa criança “não ouça” o som corretamente ou não tenha consciência dos sons de determinada palavra, assim, ela ouve e entende a palavra como um todo, e é assim que a disortografia se manifesta.
Como identificar a disortografia?
Identificar a disortografia pode ser desafiador, pois, muitas vezes é confundida com simples erros ortográficos, ou falta de atenção. No entanto, há sinais claros que podem indicar a presença desse transtorno. Confira:
- 1. Erros frequentes e persistentes: a pessoa com disortografia tende a cometer erros de ortografia consistentemente, mesmo após receber instrução adequada ou já ter aprendido.
- 2. Dificuldade em memorizar a ortografia das palavras: crianças e adultos podem apresentar dificuldade em memorizar a ortografia correta das palavras, mesmo aquelas que são comuns e frequentemente usadas.
- 3. Problemas de organização: a escrita de quem tem o transtorno tende a ser desorganizada e inconsistente, dificultando a compreensão do texto.
- 4. Dificuldade em compreender regras ortográficas: mesmo com instrução repetida, quem tem disortografia considera ser de grande complexidade a compreensão e a aplicação de regras ortográficas básicas.
Como ajudar pessoas com disortografia?
A disortografia pode gerar inúmeros prejuízos para crianças em idade escolar e adultos, seja na vida social ou profissional. O desânimo com a aprendizagem está entre as maiores reclamações, já que as pessoas se esforçam para compreender e fazer corretamente, sem sucesso. Para entender como melhorar os sinais, precisamos compreender os motivos que causam o transtorno.
Muitas vezes, a causa está associada a questões de deficiência auditiva ou visual ou, ainda, problemas de pronúncia e, até mesmo, um ambiente de estudo desfavorável para o pleno desenvolvimento da criança. A partir de um olhar atento de profissionais de saúde, incluindo uma psicóloga com especialização em distúrbio de aprendizagem, o tratamento mais adequado poderá ser indicado de maneira adequada, que pode incluir a resolução de problemas e autoconfiança.
Vejamos, agora, como ajudar pessoas com disortografia.
1. Faça uma avaliação psicológica: isso poderá ajudar a identificar a disortografia e determinar, inicialmente, a melhor abordagem de tratamento para a pessoa com o distúrbio.
2. Busque por intervenção educacional: de maneira específicas, como os programas de reforço da ortografia e uso de tecnologias assistivas, as intervenções podem ajudar a melhorar as habilidades de escrita e, também, de leitura.
3. Terapia cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC pode ser eficaz no tratamento da ansiedade relacionada à escrita e na promoção de estratégias de enfrentamento para lidar com a disortografia.
4. Treinamento em estratégias de aprendizagem: as técnicas de organização e memorização podem ajudar na superação de dificuldades relacionadas à disortografia.
5. Suporte familiar e escolar: como em todas as questões de distúrbios de aprendizagem, o apoio da família e dos educadores é fundamental, pois podem oferecer suporte emocional e educacional, além de implementar estratégias de intervenção à criança.
Dicas para amenizar os efeitos da disortografia no dia a dia
Além do tratamento formal, há algumas dicas simples que podem ajudar a amenizar os efeitos da disortografia no dia a dia de crianças e adultos. Confira a seguir:
1. Utilize ferramentas de correção automática: aplicativos e softwares de correção ortográfica podem ser úteis para identificar e corrigir erros de escrita ajudando, até mesmo, na memorização das palavras mais utilizadas.
2. Incentive pausas e revisões: antecipar trabalhos que precisam da escrita é uma forma de reduzir a ansiedade diante de textos. Assim, com mais tempo, incentive que a pessoa faça pausas e revise o texto várias vezes para identificar e corrigir erros sem tanta pressão. Reconhecer erros e buscar corrigi-los pode ser tranquilizador.
3. Pratique! Escreva regularmente: ao escrever com mais regularidade a pessoa poderá criar melhores habilidades ortográficas ao longo do tempo. Embora a fuga da dificuldade seja um padrão, isso deve ser evitado, buscando a melhora gradual.
4. Crie Mnemônicos: essa é uma técnica de memorização da Grécia Antiga, que utiliza a simplificação e a associação para que possamos memorizar algo mais difícil. Profissionais como psicólogas e psicopedagogas poderão orientar o melhor uso dessa técnica.
5. Estabeleça metas realistas: embora a ansiedade pela resolução deste problemas seja grande, aprenda a definir metas realistas e alcançáveis para a pessoa com a disortografia. Reconhecer e celebrar cada pequeno progresso é essencial para se manter motivado e em pleno desenvolvimento.
Para concluir, ressaltamos que este texto tem o objetivo de ajudar quem busca respostas iniciais sobre a disortografia, mas não é suficiente para prestar um diagnóstico preciso sobre esse distúrbio de aprendizagem. Lembre-se que com a identificação precoce, tratamento adequado e apoio contínuo é possível minimizar seus efeitos e permitir que a criança ou o adulto desenvolva habilidades de escrita mais eficazes. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando desafios relacionados à disortografia, conte com a KPsicologia e tenha orientação e suporte profissional. Clique aqui e fale com nossa equipe para encontrar especialistas.