4 dicas para identificar a discalculia

Esse transtorno de aprendizagem, relacionado à matemática, pode comprometer o desenvolvimento de crianças e adultos quando não recebe a atenção adequada

Você já ouviu falar em discalculia? Embora seja pouco mencionado com esse nome, é basicamente um transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na matemática, que faz com que as pessoas, adultos ou crianças com o problema, tenham baixa compreensão numérica, tanto na memorização de fatos aritméticos, como na precisão e fluência de cálculo e no raciocínio matemático. 

Essa pessoa poderá apresentar desempenho matemático muito abaixo do esperado para sua idade cronológica ou, ainda, suas experiências e oportunidades educacionais. 

Há muitas formas de identificação desse transtorno, bem como tratamentos e redução dos seus impactos. Neste artigo vamos abordar esse problema, que chega ao consultório carregado de dúvidas e certa angústia por parte dos pacientes.

Identificando a discalculia

A identificação precoce da discalculia é essencial para fornecer suporte adequado e intervenções específicas para o paciente. Existem várias formas de identificar esse transtorno. Confira:

1.  Desempenho abaixo do esperado em habilidades matemáticas: pessoas com discalculia geralmente apresentam dificuldades persistentes em entender conceitos matemáticos básicos, como adição, subtração, multiplicação e divisão. Seu desempenho em tarefas matemáticas está aquém do esperado para sua idade e nível de desenvolvimento.

2.  Dificuldade na compreensão de conceitos numéricos: essas pessoas podem ter dificuldade em compreender conceitos básicos, como quantidades, ordem numérica e relações espaciais.

3.  Problemas de memória de curto prazo: outro aspecto é que muitas vezes, pessoas com discalculia têm dificuldade em lembrar sequências numéricas ou em reter informações matemáticas temporariamente na mente.

4.  Dificuldades com habilidades de raciocínio matemático: essas pessoas podem, ainda, ter dificuldade em resolver problemas matemáticos, aplicar estratégias de resolução de problemas ou compreender conceitos abstratos.

Mas como tratar e minimizar os sinais da discalculia?

Embora a discalculia seja um problema que traga ansiedade para as pessoas que apresentam seus sintomas, existem algumas estratégias e técnicas que podem ajudar a tratar e reduzir seus efeitos.

A.  Intervenção especializada: é fundamental que as pessoas com discalculia recebam intervenção especializada de profissionais qualificadas, como psicólogas educacionais ou terapeutas ocupacionais, como as profissionais da KPsicologia. Essas profissionais podem fornecer suporte individualizado e estratégias de aprendizagem adaptadas às necessidades específicas do indivíduo.

B.  Abordagem multissensorial: incorporar múltiplos sentidos no processo de aprendizagem pode ser benéfico para quem tem discalculia, incluindo o uso de materiais manipulativos, jogos educativos, músicas e atividades práticas para tornar os conceitos matemáticos mais concretos e acessíveis.

C.  Reforço positivo: É importante fornecer feedback positivo e encorajamento para ajudar a manter a motivação e a autoestima do indivíduo. Reconhecer e celebrar os sucessos, por menores que sejam, pode ajudar a construir confiança e promover uma atitude positiva em relação à matemática.

D.  Adaptações e modificações: uma boa prática é adaptar e modificar as tarefas matemáticas sempre que possível,  para tornar o ambiente de aprendizagem mais acessível, principalmente se pensarmos em crianças com discalculia. Isso pode incluir o uso de calculadoras, estratégias de resolução de problemas simplificadas e tempo extra para completar tarefas.

Empatia e apoio para pessoas com discalculia

Assim como deve ser com todos os transtornos de aprendizagem, o acolhimento de pessoas com discalculia é o ponto inicial para buscarmos uma melhora nos sinais. Precisamos lembrar que esse problema pode ter um impacto significativo na vida acadêmica e no bem-estar emocional das pessoas afetadas. 

Por isso, antes de mais nada, é fundamental identificar o transtorno e fornecer intervenção especializada são passos essenciais, sempre utilizando tratamentos adequados, apoio contínuo e uma abordagem positiva. Assim, será possível minimizar os efeitos da discalculia e promover uma experiência de aprendizagem mais positiva e gratificante para todos os envolvidos, pois toda a família será beneficiada.  

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